Vou demorar mais alguns dias até atualizar o blog, mas convido vocês a lerem uma coleção de textos que escrevi na Cinética: "Billi Pig", "Raul - O Início, o Fim e o Meio", "A Novela das Oito", "Heleno", "As Neves do Kilimanjaro" e "Medianeras".
Um pequeno parêntese, insight que só me veio após escrever a crítica: "Heleno", de José Henrique Fonseca, tem algumas semelhanças com "Memória de Helena" -- dirigido por David Neves, 1969.
Ambos partem do princípio de lembranças esparsas para recompôr um "ser". No caso de "Heleno" as lembranças são caóticas, quase aleatórias, ressaltadas pela fotografia maravilhosa. Imagem para algo que se ligou ao eterno e é trazido de volta.
Já em "Memória de Helena" as lembranças são palpáveis, filminhos em Super-8 que o casal Renato e Rosa preservou (e que também parecem um diálogo com a eternidade).
O resultado final é o mesmo: "sabemos" de alguém (Heleno, Helena) através dos fragmentos; não de uma explicação quadrada e contínua.
Além disso, ambos trafegam pelo Rio e interior de Minas. Ambos são mortos que narram. Ambos, por coincidência (ou não), sucumbem em mortes trágicas.
Um pequeno parêntese, insight que só me veio após escrever a crítica: "Heleno", de José Henrique Fonseca, tem algumas semelhanças com "Memória de Helena" -- dirigido por David Neves, 1969.
Ambos partem do princípio de lembranças esparsas para recompôr um "ser". No caso de "Heleno" as lembranças são caóticas, quase aleatórias, ressaltadas pela fotografia maravilhosa. Imagem para algo que se ligou ao eterno e é trazido de volta.
Já em "Memória de Helena" as lembranças são palpáveis, filminhos em Super-8 que o casal Renato e Rosa preservou (e que também parecem um diálogo com a eternidade).
O resultado final é o mesmo: "sabemos" de alguém (Heleno, Helena) através dos fragmentos; não de uma explicação quadrada e contínua.
Além disso, ambos trafegam pelo Rio e interior de Minas. Ambos são mortos que narram. Ambos, por coincidência (ou não), sucumbem em mortes trágicas.
4 comentários:
Continue a escrever alhures, mas venha mais para cá.
Cá estou, Setaro. Aqui em cima, com Lídia Brondi no colo :)
Poutz, o texto sobre o Novela das Oito ficou ótimo, Andrea!
Eu não vi o filme, mas me mostraram algo que seria um "trailer", acho, e já senti que seria um pouco perda de tempo ver (confesso: o desejo era mais de saber a visão do clássico Dancin' Days, que à distância vai tendo sentidos outros, de outras gerações).
Abraço do Pedro!
Pedro, sabe que sinceramente ainda não entendi por que se gasta tempo e dinheiro com algo como "Novela das Oito"? Deus do céu, ninguém parou a tempo, ninguém conteve aquilo? Não tem jeito, virou a Geni da vez rs Abraços
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