tag:blogger.com,1999:blog-159364562024-03-18T23:34:19.884-03:00Estranho EncontroRevisão crítica, histórica e amorosa do Cinema Brasileiro. E-mails para andrea.ormond@uol.com.br.Andrea Ormondhttp://www.blogger.com/profile/15966276234530553988noreply@blogger.comBlogger380125tag:blogger.com,1999:blog-15936456.post-28730058766417716442019-01-20T14:54:00.000-02:002019-01-20T22:20:08.153-02:00Biografia Entrevista - Maria Gladys
Gladys e Dina Sfat em 1971, soltinhas, dirigidas por Antonio Calmon
Onze horas da manhã de um bucólico domingo. Bairro Peixoto, Copacabana, Rio de Janeiro, Brasil, ao sul do Equador. A tranquilidade dos carrinhos de bebês que passam na porta do hotel não revela o vulcão que se enconde por ali. Direto de Santa Rita de Jacutinga, Maria Gladys está quase pronta para o nosso encontro. “Demorei Andrea Ormondhttp://www.blogger.com/profile/15966276234530553988noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-15936456.post-52654264548831604352018-05-07T15:26:00.000-03:002018-05-07T15:31:19.999-03:00Biografia Entrevista - Eva Christian
Doce na superfície. Por dentro, um mundo caudaloso. Eva Christian guarda essas características em 2018, quase 50 anos após a estreia no cinema, em “Anjos e Demônios”, de Carlos Hugo Christensen.
Escolhida pelo diretor, Eva dividia-se entre o Conservatório Nacional de Teatro e as aulas na PUC quando interpretou Virgínia. Uma vampiresca criatura, que leva à ruína quem passa pela Andrea Ormondhttp://www.blogger.com/profile/15966276234530553988noreply@blogger.com14tag:blogger.com,1999:blog-15936456.post-15058574960813197692017-09-04T21:24:00.000-03:002017-09-04T21:24:31.179-03:00Leila Diniz
“Brigam Espanha e Holanda/ Pelos direitos do mar/ O mar é das gaivotas/ Que nele sabem voar/ O mar é das gaivotas/ E de quem sabe navegar.”
Em controversa (e hoje esquecida) entrevista que deu à Revista Status, outubro de 1979, Gilberto Gil soltou a pérola: “Ativismo não é bom, ação é ótimo”. Uma ideia que se molda perfeitamente à figura de Leila Diniz, atriz brasileira que morreu em junhoAndrea Ormondhttp://www.blogger.com/profile/15966276234530553988noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-15936456.post-22687316847847571522017-04-20T02:55:00.000-03:002017-04-20T02:55:09.528-03:00Na Cinética
Histórias que nosso cinema (não) contava.
Andrea Ormondhttp://www.blogger.com/profile/15966276234530553988noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-15936456.post-69028693651392480472017-03-09T23:06:00.000-03:002017-03-09T23:06:35.500-03:00O Casal
Daniel Filho dirigiu sete filmes com mais de 1 milhão de espectadores. Não é para qualquer um. Seu primeiro trabalho como diretor foi o divertido “Pobre Príncipe Encantado” (1969), veículo para o cantor Wanderley “Bom Rapaz” Cardoso. Na mesma época, comandou os episódios “Eu, Ela e o Outro” em “O Impossível Acontece” (1969) e “Segunda Cama”, de “A Cama ao Alcance de Todos” (1969). Depois Andrea Ormondhttp://www.blogger.com/profile/15966276234530553988noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-15936456.post-49382750931865432622017-02-01T21:10:00.000-02:002017-02-08T16:15:13.624-02:00Gente Fina É Outra Coisa
Em 1977 Antonio Calmon tinha 31 anos. Já era um desgarrado do Cinema Novo e mergulhava de cabeça na sua própria visão de cinema. Sorte nossa que Calmon, apesar da amizade sincera que nutriu pelas turmas por onde circulava, sempre desconfiou das ideias absolutistas e dos delírios conceituais que regiam parte dessas turmas. Nunca serviu a um Deus e soube fazer, de todas as histórias, a sua Andrea Ormondhttp://www.blogger.com/profile/15966276234530553988noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-15936456.post-47596787153140123462016-11-01T22:17:00.000-02:002019-01-18T10:27:30.647-02:00O Cinema Falado
No dia 22 de novembro de 1986, um sábado, o Hotel Nacional no Rio de Janeiro fervia. Já passava das onze horas e a estreia do primeiro longa-metragem do cantor e compositor Caetano Veloso estava marcada para a meia-noite, na Sala Glauber Rocha, que ficava no Centro de Convenções do hotel. A exibição fazia parte do III Fest Rio e era aguardada com grande expectativa. 1986 havia sido mágico Andrea Ormondhttp://www.blogger.com/profile/15966276234530553988noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-15936456.post-77251763424899339022016-10-17T20:34:00.000-02:002016-10-17T20:34:40.569-02:00Engraçadinha Depois Dos Trinta
Em junho de 1960, quando lançou a primeira parte de “Asfalto Selvagem” em livro, Nelson Rodrigues declarou: “Engraçadinha existe, sim. É carioca e tem atualmente 39 anos. É linda, uma das mulheres mais bonitas do Brasil. Lembra muito a Vivian Leigh, de O Vento Levou, quando a atriz estava no apogeu de sua beleza (…) Mora no Grajaú”. O boato, levantado pelo próprio Nelson, piorou na noite de Andrea Ormondhttp://www.blogger.com/profile/15966276234530553988noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-15936456.post-47453202077119874292016-10-16T01:18:00.000-02:002016-10-17T20:37:49.166-02:00Tô Ryca!
Quem dera fosse verdade. É o novo texto que escrevi na Cinética. Tem também "Aquarius" e "Mãe Só Há Uma". Em breve atualizo o blog!
Andrea Ormondhttp://www.blogger.com/profile/15966276234530553988noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-15936456.post-10497960157817524302016-09-12T13:05:00.001-03:002016-09-12T18:49:45.305-03:00Como Ganhar na Loteria Sem Perder a Esportiva
Félix, Carlos Alberto, Brito, Piazza, Everado, Clodoaldo, Gérson, Jairzinho, Tostão, Pelé, Rivelino. No alvorecer dos anos 70, quase todo brasileiro sabia repetir esse mantra de cor. Era a escalação do escrete canarinho, que havia acabado de ganhar a Copa do México. Dizia-se que nunca mais outro técnico conseguiria repetir a façanha de montar um time tão vertiginoso. Zagallo, que herdara a Andrea Ormondhttp://www.blogger.com/profile/15966276234530553988noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-15936456.post-30597118549297421772016-09-02T11:11:00.000-03:002016-09-03T15:06:32.335-03:00Textos Novos
Nove textos novos que escrevi para a Cinética:
Os Pivetes de Kátia
Sinfonia da Necrópole
Um Suburbano Sortudo
Califórnia
Até Que a Sorte Nos Separe 3
Eu Sou Carlos Imperial
Depois de Tudo
São Paulo em Hi-Fi
Vai Que Dá Certo 2
Andrea Ormondhttp://www.blogger.com/profile/15966276234530553988noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-15936456.post-12492594606701354932015-09-19T18:34:00.004-03:002016-08-27T00:04:21.390-03:00Que Horas Ela Volta?
Na Cinética.
Andrea Ormondhttp://www.blogger.com/profile/15966276234530553988noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-15936456.post-27532213284459871022015-06-17T22:31:00.001-03:002016-08-27T00:03:18.555-03:00A Intrusa
Nos idos de agosto de 1979, dois senhores argentinos caminhavam pela Avenida Rio Branco, no centro do Rio. A animada charla portenha foi interrompida, súbito, por um deles – de nome Astor: “Tive uma ideia para o tema do filme. Onde existe um piano por aqui?” O outro, chamado Carlos, não hesitou e caminharam juntos até o auditório da Funarte. Astor Piazzolla então sentou-se ao piano e compôs aAndrea Ormondhttp://www.blogger.com/profile/15966276234530553988noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-15936456.post-17940275650767619832015-05-26T18:53:00.001-03:002015-05-27T02:08:55.744-03:00Anselmo Vasconcellos: Dez Anos Depois
Estamos no centro do Rio de Janeiro. Bato no portão da Escola de Teatro Martins Pena e imagino Luiz Edmundo na mesa da Cavé, João do Rio nas calçadas da Lavradio, Vicente Celestino na antiga Praça Tiradentes. Muito embora não os veja, o sentimento chega a ser esotérico, porque a Martins Pena carrega no peito 107 anos, prova cabal de nosso passado. Em um instante, Anselmo Vasconcellos aparece.Andrea Ormondhttp://www.blogger.com/profile/15966276234530553988noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-15936456.post-3302016361404445402015-03-17T17:39:00.001-03:002019-01-18T10:30:45.229-02:00O Homem da Capa Preta
Tenório Cavalcanti, político de Duque de Caxias, Baixada Fluminense. Inspirado em três livros -- “Capa Preta e Lurdinha”, “Tenório, o Homem e o Mito” e “Tenório, Meu Pai” -- Sérgio Rezende dirigiu e escreveu – auxiliado por José Louzeiro e Tairone Feitosa -- “O Homem da Capa Preta” (1986), cinebiografia do caudilho, migrado do sertão de Alagoas para os arrabaldes cariocas, que encontra Andrea Ormondhttp://www.blogger.com/profile/15966276234530553988noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-15936456.post-59578976236112394082015-03-02T18:23:00.000-03:002015-03-02T18:23:27.868-03:00Na Cinética
"Tim Maia" e "Cinquenta Tons de Cinza".
Andrea Ormondhttp://www.blogger.com/profile/15966276234530553988noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-15936456.post-86533564302459484312015-02-02T19:47:00.000-02:002019-12-15T12:53:20.872-03:00Afrânio Vital em Compasso de Espera
Afrânio Vital da Silva é dos homens mais inteligentes que eu conheço. Não bastasse sua cultura e conhecimento técnico de cinema, é também um grande crítico de arte, capaz de revirar uma obra do avesso sob diversas leituras.
No Brasil é pecado “falarmos bem” do outro. A não ser, claro, em situações de politicagem servil e interesse mútuo. Logo, alguns leitores devem estar se Andrea Ormondhttp://www.blogger.com/profile/15966276234530553988noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-15936456.post-39081746914305664792015-01-17T20:03:00.000-02:002019-01-18T10:33:05.356-02:00Compasso de Espera
"No Brasil não existe preconceito de cor. Negro conhece o seu lugar."
"Compasso de Espera" (1973) poderia se perder em meio a esta frase sarcástica de Millôr Fernandes, ou em meio à hipocrisia dos chavões paternalistas que permeiam a questão do negro no Brasil. Único filme do diretor de teatro Antunes Filho, no entanto "Compasso de Espera" constrói na figura do negro "integrado", do "pretoAndrea Ormondhttp://www.blogger.com/profile/15966276234530553988noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-15936456.post-18035466955660014222014-12-01T22:40:00.002-02:002019-01-18T10:34:16.542-02:00O Rei do Rio
"Águia na Cabeça" não tinha sequer esfriado das telas quando começou a ser anunciado outro filme sobre o mesmíssimo jogo do bicho: "O Rei do Rio" (1985), com o mesmíssimo Nuno Leal Maia no papel principal, dessa vez vivendo o banqueiro Tucão. Tal obsessão com as práticas zoolúdicas é facilmente explicável no contexto da época: sob o governo Leonel Brizola, a repressão ao jogo foi aliviada e, Andrea Ormondhttp://www.blogger.com/profile/15966276234530553988noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-15936456.post-63148062010208007012014-09-30T18:15:00.000-03:002019-09-19T23:33:26.366-03:00Águia Na Cabeça
"Bicheiro jurado de morte por Jece Valadão"
"Christiane Torloni tira roupa em boate da Zona Sul"
"Zezé Motta surrada e humilhada na cama pelo amante"
Em março de 1984, os jornais cariocas apareceram com estas sensacionalistas manchetes no rodapé de páginas internas. Lembravam os enunciados das revistas de fofoca, sempre usando o velho macete de confundirem o artista com suas Andrea Ormondhttp://www.blogger.com/profile/15966276234530553988noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-15936456.post-66531029496724451152014-09-19T20:20:00.000-03:002019-09-19T23:35:44.481-03:00Além da Paixão
A melhor história sobre "Além da Paixão" (1985), sétimo longa-metragem de Bruno Barreto, aconteceu fora das câmeras. Sabe-se lá por quê, Bruno escolheu como cenário a Boca do Lixo paulistana, mais especificamente o entorno da Rua do Triunfo. Conseguiu que a área fosse interditada em dia de grande movimento e, assim, criou transtornos para que os locais chegassem aos bares da região, como o Andrea Ormondhttp://www.blogger.com/profile/15966276234530553988noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-15936456.post-21150076228480943712014-09-13T18:29:00.000-03:002019-09-19T23:36:50.936-03:00Juventude e Ternura
"Juventude e Ternura" (1968), filme de Aurélio Teixeira que serve de veículo para o sucesso da cantora Wanderléa, é divertidíssimo. Aliás, quase todos os filmes brasileiros envolvendo artistas de sucesso nos anos 60 e 70 precisam ser revistos sem preconceitos. Como qualquer coisa envolvendo a ternurinha Wanderléa, aqui se carrega na maquiagem, nas caras e bocas, no élan feminino. A vestal é Andrea Ormondhttp://www.blogger.com/profile/15966276234530553988noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-15936456.post-15908364990408613542014-09-03T18:37:00.000-03:002014-09-03T22:10:28.342-03:00Noite em Chamas
Quando “Noite em Chamas” (1978) estreou no Marabá, corria glorioso o setembro do ano em que o Brasil assistia à febre de “Os Embalos de Sábado a Noite”, que estreara em julho. Provincianos que só, muitos de nossos conterrâneos se assustaram ao descobrir que John Travolta não era cantor de nenhuma música, apenas o dançarino Tony Manero.
E foi para se aproveitar da jequice extrema de Andrea Ormondhttp://www.blogger.com/profile/15966276234530553988noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-15936456.post-17286149385609273892014-08-25T18:38:00.000-03:002014-09-03T18:56:42.279-03:00Na Boca do Mundo
"Um filho crioulo. Ela faria o máximo para esconder isso."
Escrever sobre um filme de diretor negro no Brasil sempre esbarra em questão política. E, questões políticas, por mais nobres que sejam, sempre esbarram em conveniências. Naquilo que Hanna Arendt defronta entre realidade e "verdade aceitável".
Um bom exemplo é Afranio Vital, diretor negro que dirigiu três longas-metragens e Andrea Ormondhttp://www.blogger.com/profile/15966276234530553988noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-15936456.post-20560536625785732792014-08-14T19:12:00.001-03:002014-08-14T19:23:20.752-03:00Os Campeões
Parem um pouco, vamos refletir. Vocês realmente acreditam que a Fórmula 1 sempre foi um circo de homens glabros e mulheres com quatro galões de silicone em cada peito? Negativo.
Há muitas luas atrás, no Brasil inóspito e distante, as panteras usavam moletom. Homens canastras colocavam medalhões de prata. E até mesmo pequenas criancinhas eram cooptadas com bebidas alcoólicas. Isto nos mais Andrea Ormondhttp://www.blogger.com/profile/15966276234530553988noreply@blogger.com7